O que é autocuidado e como praticar?
Você sabe o que é autocuidado? Então vem descobrir mais sobre este conceito que propõe que você preze ativamente por sua saúde física, mental e emocional.
Nos últimos tempos, principalmente diante das mudanças impostas pela pandemia, alguns termos ganharam popularidade e se tornaram temas de mais diálogo e discussões.
Você certamente já ouviu falar no “novo normal”, talvez já tenha escutado sobre “burnout”, mas e o “autocuidado”? Você já viu este termo sendo mencionado nos últimos meses ou anos?
Sendo sua resposta positiva ou negativa, estamos aqui para te ajudar a entender um pouco mais sobre a ampla gama de hábitos que dão significado a esta pequena palavra.
Neste texto respondemos a algumas dúvidas comuns em torno do tema. Como:
- O que é o autocuidado?
- Como posso praticar o autocuidado? Dicas práticas!
- Influências externas podem desafiar práticas de autocuidado?
- Com o “eu” em foco, o autocuidado foca no ego?
Confira a seguir o nosso guia prático sobre o que é autocuidado e como praticar!
O que é autocuidado?
Em tempos de uma crescente preocupação com a saúde da população — em especial da com a saúde mental — a ideia de autocuidado ganha cada vez mais adeptos.
Mas o que exatamente é esse tal de autocuidado?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), autocuidado é “a capacidade dos indivíduos, famílias e comunidades de promover a saúde, prevenir doenças, manter a saúde e lidar com doenças e deficiências com ou sem o apoio de um profissional de saúde”.
A definição da OMS é objetiva e pontual, focando na independência das pessoas em relação a instituições de saúde.
Mas cresce também a noção popular de autocuidado, que foca ainda em comportamentos e hábitos que as pessoas devem adotar para alcançar seu próprio bem-estar.
Neste último caso, a ideia de autocuidado aposta no poder de cada um de nós quando o assunto é prezar por uma qualidade de vida positiva e se preservar para evitar que essa qualidade de vida seja negativamente impactada.
E isso engloba desde atenção e busca por melhoria da própria saúde, passando por uma rotina restaurativa de sono e chega até mesmo ao cultivo de uma perspectiva de aceitação de quem você é.
Obviamente que esses hábitos podem variar de acordo com cada pessoa, dependendo de condições físicas, rotinas diárias e até os próprios hábitos de cada um de nós.
Uma reportagem da revista Elle, inclusive, ressalta que até mesmo gênero e raça influenciam nessas variações que definem o que é autocuidado para cada pessoa.
Mas vale lembrar também que existem algumas práticas que são gerais, indicações quase que padrão. E falaremos mais sobre elas no próximo tópico.
Mas o importante inicialmente é entender que: em resumo, então, o autocuidado é a prática ativa de cuidado do indivíduo consigo mesmo.
Como posso praticar o autocuidado?
Como já mencionamos, o autocuidado, nessa noção ampla e popular de hábitos em prol do bem-estar, pode variar facilmente de pessoa para pessoa.
Mas algumas indicações servem para basicamente todas as pessoas. Por isso, separamos aqui para vocês algumas dicas práticas e mais comuns de autocuidado.
1) Priorize sua saúde
Um dos primeiros passos para entrar nesse universo do autocuidado é reconhecer a importância de priorizar sua saúde.
E quando mencionamos o termo “saúde” é realmente em toda a sua amplitude: saúde física, mental e emocional.
O segundo passo, então, é priorizar tudo isso ativamente. Mas como?
Bom, cuidar da sua própria saúde inclui muitas coisas, como uma alimentação balanceada, a prática regular de atividades físicas e uma boa noite de descanso.
E você pode conseguir tudo isso por conta própria. Mas também é importante lembrar que ajuda e orientação profissional podem melhorar a qualidade de suas práticas de autocuidado.
Saiba que: buscar ajuda também é uma atitude de autocuidado!
Se você tem se sentido muito triste sem motivos aparentes, vem experimentando níveis de ansiedade que atrapalham sua rotina: busque ajuda profissional na área de psicologia.
O mesmo vale para o caso de você estar enfrentando dificuldade na resolução de conflitos internos e externos.
A ajuda psicológica pode te orientar a cultivar uma mente mais saudável e acolhedora, promovendo o autocuidado com sua saúde mental e emocional.
Já a saúde física pode ser aprimorada de diferentes maneiras. Uma delas é, claro, a regularidade de consultas médicas.
Isso quer dizer que você deve buscar ajuda não apenas quando se sente mal, mas também com a frequência necessária para avaliações médicas — que podem, por exemplo, prevenir o desenvolvimento de possíveis problemas de saúde.
Outra forma de prezar por sua saúde física é adotar um estilo de vida saudável. E isso inclui aqueles fatores citados no início do tópico:
- prática regular de atividade física
- alimentação balanceada
- sono restaurativo
Vale notar que a ajuda profissional também é importante para te orientar na adesão desse três pontos acima.
2) Seja gentil com você
O autocuidado também inclui outras atitudes de você para você mesmo, como a autoaceitação e o autoamor. Como os termos já indicam, essas são práticas que propõem que você olhe para dentro, reflita sobre suas próprias questões e particularidades, para melhor se entender, se aceitar e se amar.
Tudo isso pode resumir a atitude de ser gentil consigo — o que é de extrema importância para o autocuidado.
Com essa definição pode até parecer fácil, mas muitas pessoas enfrentam dificuldades em olhar para si desta forma.
E uma solução para este problema está no tópico acima: a ajuda psicológica pode ser de grande importância aqui.
Vale lembrar que ser gentil com você não se trata de diminuir a importância de seus erros ou ignorar aspectos que precisam de melhoria.
É muito mais sobre se perdoar, se entender e buscar evoluir a partir tanto dos pontos positivos quanto dos negativos.
3) Respeite seus limites
A gentileza consigo acaba refletindo em outros aspectos do autocuidado, como o respeito aos seus limites.
E aqui também falamos de diferentes âmbitos.
É preciso respeitar seus limites físicos ao longo de uma atividade física, por exemplo, é necessário respeitar seus limites na hora de trabalhar, para não rolar sobrecarga mental ou física.
Até mesmo em nossos relacionamentos é importante entender o que ultrapassa o limite do saudável para você.
Lembrando que você só poderá saber o que está dentro dos seus limites quando você olhar para si — sempre com gentileza.
4) Reserve tempo para os seus prazeres
Quando falamos sobre respeitar seus limites, por exemplo, esbarramos na ideia de sobrecarga.
Este é um problema que muitas pessoas enfrentam, seja por imposição de terceiros ou da própria pessoa, quando há uma autocobrança muito intensa.
Independente de qual dos casos você pode se encaixar, é importante que você entenda a necessidade de reservar tempo para os seus prazeres.
Então em meio a rotina de trabalho e estudo, por exemplo, você deve incluir também um momento de relaxamento e diversão.
E as possibilidades aqui são infinitas, dependendo sempre do gosto de cada pessoa. Mas vale apostar em um passeio, um momento para assistir algo que te interesse e entretenha, passar tempo com amigos, familiares e animais de estimação, escutar músicas, jogar, ler e até mesmo tirar um cochilo.
5) Se organize para que funcione
Para que todas essas dicas funcionem é preciso um certo nível de organização e até mesmo preparo psicológico.
Mas calma, não é nada complexo.
Uma lista, talvez, possa te ajudar. Isso porque, dessa forma, você pode visualizar melhor as práticas que farão parte da sua rotina de autocuidado, além de avaliar se você está mesmo seguindo essas orientações.
Novamente, a organização vai depender de como cada pessoa prefere fazer isso.
Influências externas podem desafiar práticas de autocuidado?
Como você já viu nas dicas práticas, o autocuidado traz o protagonismo para a própria pessoa impactada pelas atitudes.
Até mesmo a própria palavra já aponta para isso — através do prefixo “auto”.
E realmente, quando falamos de autocuidado, cada um é responsável por buscar seu próprio bem-estar. Mas engana-se quem acredita que este é um caminho solitário ou que depende apenas das suas próprias atitudes.
Para entender melhor, podemos considerar nossas relações, por exemplo.
Quando nossos relacionamentos — sejam de afeto ou de trabalho — não estão saudáveis, podemos encontrar dificuldades para nos preservarmos.
Isso porque a atitude de terceiros e a influência de um determinado ambiente podem impactar nosso estado de saúde física, mental e emocional.
Mas a chave para superar essas dificuldades está justamente na noção de que precisamos cuidar de nós mesmos.
E a partir do momento que nos damos conta desse fato, podemos buscar e encontrar soluções para tais problemas.
Vale desde ampliar diálogos com quem você se relaciona até buscar formas de relaxamento para aliviar tensões de situações de trabalho, por exemplo, que estão além do seu controle.
Então, respondendo a pergunta inicial do tópico: sim, influências externas podem desafiar práticas de autocuidado.
Na verdade, essas influências, muitas vezes, podem até definir quais serão as práticas de autocuidado para cada pessoa.
Mas é importante reconhecer que você tem o poder de se preservar, mesmo quando terceiros e o ambiente tentam impor o contrário.
E quando falamos isso não é na intenção de responsabilizar a pessoa pela resolução dessas influências externas negativas das quais nem tem culpa.
Mas sim para ressaltar que, diante desses problemas, o cuidado consigo deve ser ainda mais presente. Nessas horas é especialmente necessário olharmos para dentro com gentileza e respeitarmos nossos próprios limites.
Com o “eu” em foco, o autocuidado foca no ego?
Para concluir nosso diálogo sobre autocuidado, é importante refletir também sobre uma definição que se revela após considerarmos todos os tópicos acima.
Apesar de falar muito sobre o “eu”, o autocuidado não trata do ego de cada pessoa, mas sim do estudo de cada pessoa sobre si.
Não tem como prezar e priorizar nosso bem-estar sem entender quem somos, o que podemos fazer, o que precisamos e o que queremos.
E para isso também é necessário abertura e disposição para enfrentar dilemas e verdades que podem não ser sempre confortáveis.
Mas certamente este caminho de autoconhecimento pode te levar em uma direção de maior compreensão e gentileza consigo, de encontro ao tão desejado autocuidado.