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Oito Tecidos sustentáveis para roupas que você precisa conhecer

Imagem ilustrativa para o texto "8 Tecidos sustentáveis para roupas que você precisa conhecer" do blog da Arimo.

Conheça 8 tecidos sustentáveis que podem tornar seu guarda-roupa mais ecologicamente amigável.


Você já parou para refletir sobre o quanto a roupa que você está usando custou para o meio ambiente? Matérias-primas, misturas com agentes químicos, produção, transporte. Tudo isso impacta diretamente o mundo em que vivemos antes mesmo de afetar o seu bolso. E, apesar de ser de extrema importância, pouco falamos sobre isso.

Para muitas pessoas, essa reflexão leva a uma moda consciente marcada principalmente pela reutilização de peças — seja por doação, revenda ou adaptação. Mas é preciso entender que a origem dessas roupas, acessórios e calçados também importam. E os chamados tecidos sustentáveis são fortes aliados para que o processo de adquirir, usar e descartar uma peça ofereça o mínimo de dano possível para o meio ambiente.

Por isso, compilamos neste texto algumas das informações mais importantes sobre 8 tecidos para roupas — ou qualquer outra finalidade — que você precisa conhecer! Confira o resumo abaixo:

  • O que são tecidos sustentáveis?
  • Tipos de tecidos sustentáveis para roupas
  • Roupas de tecidos sustentáveis são mais caras?
  • Onde encontro tecidos sustentáveis para roupas?

O que são tecidos sustentáveis?

O estilo de vida sustentável, no geral, é pautado em viver o presente prezando pelo amanhã. A ideia é preservar os recursos naturais que tanto usamos em todos os nossos processos de produção para evitar um colapso ambiental. O que causaria também um colapso na vida humana, diante da eventual extinção desses recursos. 

Então quando você escutar falar que algum produto é sustentável, ele deve se encaixar exatamente nas condições acima. E com os tecidos não poderia ser diferente. 

Tecidos sustentáveis são aqueles que podem diminuir o impacto ambiental criado pela produção têxtil. E isso pode ser definido de diferentes formas, como:

  • tecidos produzidos a partir de matéria-prima reciclada
  • tecidos biodegradáveis
  • tecidos de decomposição mais rápida
  • tecidos recicláveis

No caso desses dois últimos pontos, é importante ressaltar um dado alarmante: anualmente, no Brasil, 4 milhões de toneladas de resíduos têxteis são descartados! Então, quando falamos de tecidos sustentáveis, é preciso considerar até mesmo o pós-uso das peças.

Além disso, é preciso ter atenção também para os processos que antecedem e sucedem o produto final. Por isso, também entram como critérios para analisar o quão sustentável é um tecido:

  • níveis de gases do efeito estufa liberados durante o processo de produção e/ou reciclagem da peça
  • produtos químicos utilizados no processo de produção e/ou de reciclagem
  • transporte de matéria-prima e produtos

E para saber quais tecidos se encaixam nessas regrinhas acima, é necessário buscar a fundo as informações. Afinal, muitas marcas se apropriam do termo “sustentável” — sem se comprometer de fato com a causa ecológica — apenas para atrair clientes que priorizam o consumo consciente. 

Tipos de tecidos sustentáveis para roupas

Para te ajudar a conhecer alguns tecidos sustentáveis, listamos aqui 8 tipos:

  • linho
  • algodão orgânico
  • poliamida biodegradável
  • liocel
  • fibra de bananeira
  • fibra de soja
  • cânhamo
  • tecido sustentável pet reciclado

1) Linho

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Um dos tecidos sustentáveis — que talvez você nem soubesse que é sustentável — mais comuns no mercado é o linho. E ele pode ser categorizado dessa forma por diferentes motivos. Para começar, a matéria-prima do tecido é uma planta que leva o mesmo nome, por isso trata-se de uma fibra natural

Outro ponto positivo desse fator é que, ao extrair a parte da planta para produzir o tecido, não é necessário descartar todo o resto. Na verdade, toda a planta é aproveitável, e é amplamente utilizada não apenas na indústria têxtil, mas também na alimentícia. 

Sabe a linhaça? A semelhança no nome não é por acaso — o grão, conhecido por ajudar com a prisão de ventre, nada mais é que a semente do linho.

Mas vamos voltar à aplicação do linho na produção de tecidos. É preciso reconhecer que o valor das peças de linho não é dos mais acessíveis, além de não ser fácil de se encontrar roupas com esse tipo de tecido em lojas mais populares. E esses são alguns dos grandes desafios para quem busca se vestir de forma mais sustentável.

2) Algodão orgânico

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Já o algodão é uma alternativa mais acessível, em termos de presença no mercado. Mas repare que aqui chamamos atenção para uma característica importante desse tecido: o fato de ser orgânico. Isso quer dizer que, no cultivo de sua matéria-prima, não são usados pesticidas e agrotóxicos.

Além disso, a água utilizada na irrigação do algodão orgânico é reutilizada, o que evita o desperdício. E na mesma lógica de menor impacto sobre o meio ambiente é aplicada em outras partes do processo de cultivo.

Tudo isso contribui para uma cadeia produtiva mais limpa e menos agressiva ao meio-ambiente.

Já no cultivo do algodão convencional, são utilizados níveis altos de agrotóxicos e pesticidas e até mesmo água — neste último caso, causando desperdício. Por isso é importante priorizar, quando possível, os produtos feitos de algodão orgânico. 

Vale lembrar que, além do menor impacto no meio-ambiente, os itens feitos de algodão orgânico geralmente não causam alergias em quem o utiliza. Então o benefício para seus adeptos vem a curto e a longo prazo. 

3) Poliamida biodegradável

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Você pode nunca ter escutado falar em poliamida. Mas certamente conhece o nome comumente utilizado para este tecido no mercado: nylon. Independente do termo, esse é um tipo de tecido nada saudável para o meio-ambiente. Para se ter noção, apenas para se decompor, o material leva cerca de 50 anos!

Por reconhecer os benefícios do tecido — fresco, não acumula mau cheiro, etc —, a Rhodia investiu no desenvolvimento de uma versão sustentável desse material. Desse projeto nasceu o primeiro fio de poliamida 6.6 biodegradável do mundo, patenteado pela marca como Amni Soul Eco®. 

Além dele, a Rhodia trabalha ainda com outros tipos de poliamida com pegada ecológica.

4) Liocel

O liocel vem ganhando espaço no mercado como um possível substituto da viscose. E apesar de ambos os tecidos terem como matéria-prima a celulose — portanto, derivada de árvores e uma fonte renovável —, seus processos de produção e impactos ambientais são bastante diferentes.

Geralmente, a matéria-prima do liocel é a madeira extraída do eucalipto, uma árvore conhecida no mercado por contar com um ritmo de crescimento rápido. Além disso, seu cultivo não depende de agrotóxicos, pesticidas ou irrigação.

Mas é a produção do tecido de liocel que vai definir seu nível de sustentabilidade. Isso porque há processos que podem envolver combustíveis fósseis. E, como Susanne Sweet menciona em reportagem ao Metrópoles, quando isso ocorre, o liocel não será tão sustentável quanto pode ser. 

Entre os principais pontos positivos do liocel estão a durabilidade das peças, versatilidade de texturas, o fato de ser hipoalergênico, e absorver bem o suor.

5) Fibra de bananeira

Outra opção de tecido sustentável derivado de celulose natural é o de fibra de bananeira. O primeiro tecido patenteado se chama Bananatex® e passou por anos de estudo até ser lançado em 2018. Desde então, a marca vem ganhando prêmios e reconhecimento por seu sucesso em proteger o meio-ambiente, e se tornando uma alternativa ao poliéster no mercado.

De acordo com a própria Bananatex®, o cultivo — realizado nas Filipinas — dispensa a utilização de pesticidas e fertilizantes, e evita ainda o desperdício de água. Além de tudo, as árvores que fornecem as fibras para o tecido ajudam a aumentar a biodiversidade e promover o reflorestamento.

6) Fibra de soja

O tecido sustentável a base de fibra de soja segue uma lógica semelhante à da fibra de bananeira. Mas uma parte interessante e diferente deste tipo de tecido é que sua matéria-prima vem do resíduo da soja. Mais especificamente, do resíduo da semente da soja. 

Ou seja, a matéria-prima da fibra de soja já é parte de um alto aproveitamento das partes da planta, que também é frequentemente usada em outras indústrias. Na alimentação, por exemplo, a planta vem ganhando cada vez mais força, como uma alternativa aos alimentos de origem animal.

Além de vir de uma fonte renovável, o tecido de fibra de soja é ainda biodegradável, o que diminui o impacto de descarte da peça.

7) Tecido sustentável cânhamo

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O cânhamo é um tecido sustentável que vem gerando polêmicas aqui no Brasil. Isto porque deriva de uma espécie de cannabis sativa

Por aqui, o cultivo da planta é proibido, mas a comercialização do tecido se encontra em um limbo — sem diretrizes próprias para sua presença no mercado brasileiro. Por isso, apesar de algumas marcas trabalharem com a venda de peças de cânhamo, é preciso importar o tecido de indústrias internacionais, onde o plantio do cânhamo é legalizado. Com isso, os produtos feitos de cânhamo podem acabar custando mais caro. 

Vale ressaltar que o cânhamo, enquanto planta e matéria-prima, serve não apenas para a produção têxtil. As indústrias de alimentos, saúde e cosméticos são algumas das que podem encontrar utilidades para a planta.

8) Tecido sustentável pet reciclado

O tecido a base de pet reciclado é uma alternativa que também é muito questionada. Inclusive, há quem não considere esta opção exatamente sustentável graças às consequências do processo de reciclagem.

Obviamente, é sempre interessante darmos preferência a produtos reciclados. Mas, no caso do plástico, é preciso considerar outros aspectos. Para começar, o plástico pet não pode ser reciclado sempre. Com isso, conforme passa por processos de reciclagem, o material vai perdendo a qualidade. 

Em alguns casos, isso faz com que seja necessário a mistura do pet reciclado com o pet não-reciclado — gerando os resíduos de plástico que a moda sustentável evita. E, consequentemente, o descarte desses materiais contribui para o impacto negativo da indústria têxtil no meio-ambiente, mesmo que em menor escala.

É importante lembrar ainda que, mesmo após a reciclagem, o tecido de pet ainda libera microplásticos durante sua lavagem.

Roupas de tecidos sustentáveis são mais caras?

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Se você procurar por peças confeccionadas com os tecidos citados acima, certamente perceberá uma margem de preço mais alta do que se encontra em lojas mais populares.

E, infelizmente, na maior parte das vezes, essa é a realidade atual da moda sustentável: quem quer investir em um guarda-roupa ecologicamente amigável acaba pagando mais.

Isso acontece porque os processos pelos quais os tecidos sustentáveis passam são mais complexos. Muitas vezes, a matéria prima exige tecnologia avançada e passa por diversas etapas de produção. 

Vale considerar ainda que é bem comum que peças de tecidos sustentáveis sejam confeccionadas em fábricas de pequeno porte e envolvendo trabalho manual.

E todos esses aspectos encarecem as peças. 

Quando passamos a considerar cada custo na produção de peças com tecidos sustentáveis, o preço mais alto começa a fazer mais sentido. Nesta leitura sugerida, inclusive, você consegue conferir o detalhamento do valor cobrado por uma produtora de roupas com essa pegada ecológica. 

Mas para se ter noção, podemos pegar um exemplo usando os tipos de tecidos que mencionamos anteriormente no texto.

No caso do cânhamo, não há possibilidade de produção da planta no Brasil. Então, a importação da matéria prima, e todas as fases de produção pelas quais ela passa, em mercados internacionais, podem ser embutidos no preço final da peça. Isso sem contar a mão de obra e o lucro para quem comercializa.

Com esse cenário, a moda sustentável se vê diante de um importante desafio: baratear os processos de produção. Desta forma, essas peças ecológicas podem ganhar mais adeptos e não se concentrar apenas nas camadas mais ricas da população.

Onde encontro tecidos sustentáveis para roupas?

Apesar de roupas feitas com tecidos sustentáveis parecerem uma realidade distante para o mercado brasileiro, pode ser mais fácil encontrá-las do que você pode imaginar. Lojas como Renner, C&A e Hering, por exemplo, já oferecem linhas autodenominadas como sustentáveis, que apresentam combinações diversas de tecidos ecológicos.

Mas vale lembrar que é sempre interessante valorizar o trabalho de pequenas empresas e produtores. Pesquise opções em sua cidade, estado ou até em regiões vizinhas. Há sempre uma confecção comprometida com a causa para oferecer peças de qualidade, que provocam o menor dano possível ao meio-ambiente.

E se você é parte da cadeia de produção, a pesquisa para encontrar o tecido perfeito para sua demanda pode exigir ainda mais tempo e esforço. Mas serviços como o da Ecomaterioteca podem ser de grande ajuda!

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